Alô, pessoas!
O documentário Jovem aos 50 - A História de Meio Século da Jovem Guarda, lançado em 2016, documenta a trajetória não apenas do programa da TV Record, Jovem Guarda, mas como também conta a história dos principais cantores, grupos e bandas dos anos 60 no Brasil. Dirigido por Sérgio Baldassarini Junior e narrado por Milton Gonçalves, o documentário conta de ponta a ponta o que talvez teria sido uma década incomparável para a música brasileira.
Tudo é contado de forma emocionante desde o começo da moda do rock no Brasil, mostrando as influências estrangeiras até a forma brasileira de fazer rock 'n roll com o programa Jovem Guarda. E conforme o documentário passa, é possível ver a criação de uma identidade única para a música brasileira; identidade essa que levou muitos brasileiros para uma fama internacional, principalmente na Itália. Isso tudo envolvido em relatos dos próprios cantores da época, que contam histórias únicas da carreira de cada um, além de um encontro dos Jordans com uma das bandas mais influentes dos anos 60.
Apesar de o nome focar no programa Jovem Guarda, exibida pela TV Record desde 1965 até o ano de 1968, vemos também outros programas que disputavam audiência e que tinham a mesma linha: música jovem. E a maior parte do documentário é focada nos cantores e bandas da época, sendo uma parte importantíssima para entender o contexto em que a ideia de criar um programa para jovens era uma boa ideia.
Como o programa não tinha cunho político, o documentário não deu muita atenção para a Ditadura Militar, como é de se esperar normalmente em documentários que tratam da situação no Brasil dos anos 60, mas abordou sobre a contraposição da MPB e do rock 'n roll e as questões de ser ou não engajado politicamente. É importante entender esse ponto para não confundir o documentário que fala sobre a Jovem Guarda e afins com músicos da década de 1960 no Brasil. E, com certeza, se não houvesse a abordagem da contraposição citada, o documentário ficaria imcompleto.
No geral, o documentário é completo e emocionante. E diria que é incrível como coube pequenas histórias de tantos músicos em apenas duas horas.
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