Alô, pessoas!
Ah, o classicismo! Que período incrível para a arte. Época do renascimento cultural e uma nova era para a ciência. Estamos falando de Leonardo da Vinci e sua Monalisa, Michelangelo e seu Davi, certo? Não! Exato, meus amigos, o classicismo musical não tem nada a ver com o classicismo artístico que ocorreu no meio da renascença. Na verdade, o classicismo sucedeu o período barroco dentro da música, isso por volta de 1750, ou seja, século XVIII.
Por não ter um ano exato, pois foi uma transição lenta, marcamos o fim do barroco e o início do período clássico com a morte do compositor barroco Johann Sebastian Bach. Seus filhos foram responsáveis por mudar o estilo de música e de composição.
Bach teve muitos filhos compositores, mas eles caíram no esquecimento de algumas pessoas por terem a mesma assinatura do pai. Isso não significa que eles não tiveram sua importância. Estamos falando de Johann Cristian Bach e Carl Phillip Emanuel Bach, os dois principais compositores e responsáveis pela introdução do classicismo. A partir deles vieram muitos outros anos depois, como o prodígio Wolfgang Amadeus Mozart, Muzio Clementi, Joseph Haydn e, logo no final desse período, Ludwig van Beethoven.
Se o período barroco tinha como inspiração e contexto o próprio estilo artístico e literário de mesmo nome, o classicismo ocorreu na mesma época que o rococó e do período chamado Arcadismo. No rococó se valorizava a riqueza, a beleza e as alegrias de viver no luxo. No arcadismo, também chamado de neo-classicismo, se valorizava a a natureza e sua beleza em abundância. Isso influenciou na música. Podemos perceber isso em muitas músicas da época, que já não eram mais tão sacras — aos poucos foram ficando um pouco de lado — e se encaixavam perfeitamente com a personalidade da realeza e da burguesia. Esse estilo se chama Galante, sendo um estilo mais alegre e raramente melancólico.
Nesse período, as sonatas e sinfonias estavam ganhando força, sendo sonata uma das formas de composição mais comuns, inclusive até o período romântico.
Características comuns do classicismo podem ser consideradas uma remodelagem do barroco, mas com menos profundidade e uma valorização maior aos sons homofônicos, que é a principal diferença, já que no barroco se eram valorizados os sons polifônicos, como fugas. Mas esse caso também se aplica com concertos, quando muitos instrumentos se dialogam entre si.
A evolução dos instrumentos, novas notações de partitura e novas técnicas são um ponto importante desse período, pois era algo jamais visto até então. Isso deu mais variedade para os compositores. E uma dessas evoluções foi a criação do piano, um instrumento que, na verdade, é a evolução do cravo, com modelagem diferente e sons diferentes.
Beethoven, apesar de ser conhecido como um compositor romântico, também fez parte do período clássico, sendo o compositor de transição entre esses dois períodos. E, aos poucos, o classicismo começou a perder a sua forma e evoluir para um estilo mais focado na geração romântica do século XIX. Por volta de 1810 o classicismo acabou e deu início ao período chamado romantismo.
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