Alô, pessoas!
Muitos amantes da música apreciam músicas psicodélicas que possuem letras e arranjos musicais que nos fazem lembrar muito a arte surrealista, que engloba aspectos e cores diferentes, que transmitem sensações como a de estar em um sonho ou simplesmente demonstrar insanidade.
Assim como a arte surrealista, o psicodelismo musical veio a partir de mudanças do cotidiano das pessoas. Quebrou paradigmas e ainda faz sucesso com inúmeras músicas enigmáticas.
Para entender o psicodelismo, é necessário entender desde o início dos anos 60, apesar de ter ganhado força apenas na segunda metade da década.
Os anos 60 foi uma década marcada por vários acontecimentos históricos e situações que influenciaram na tecnologia, da moda, na música, no cinema e até na forma de agir das pessoas. O começo dessa década foi marcado pelo o conservadorismo das pessoas. Pessoas mais velhas incentivavam que os filhos seguissem o mesmo caminho deles. Jovens nascidos no período pós-guerra viviam em um mundo totalmente conservador, que estabelecia padrões para uma vida melhor.
Por mais houvessem imagens que transmitiam rebeldia ao longo dos anos 50, como Elvis Presley e Marilyn Monroe, o mundo ainda desejava quebrar os padrões conservadores da época.
Isso aconteceu quando os Beatles começaram a fazer sucesso, em 1963. Apesar de que eles escreviam músicas românticas e sem relevância social no início da carreira e usavam ternos para que tivessem uma aparência convencional, eles representavam a rebeldia da época, pois a forma que eles agiam no palco e nas entrevistas era algo totalmente novo.
A rebeldia dos Beatles influenciou na criação de muitas bandas da época, como os Rolling Stones, The Doors, The Byrds e vários outros. Rebeldia essa que se tornou viral. As pessoas começaram a usar roupas mais coloridas e diferentes. Mulheres começaram a usar mini-saia — grande criação de Mary Quant — e roupas mais curtas.
No ano de 1965, os Beatles passaram por uma fase experimental. O álbum "Rubber Soul" tem características diferentes dos outros álbuns da banda, pois possui letras menos inocentes em comparação com o primeiro álbum lançado, em 1963, mais poéticas e com arranjos que as pessoas nunca tinham ouvido até então, tal como usar instrumentos diferentes como a cítara e utilizar estilos diferentes em algumas músicas, como na música Michelle, que tinha inspiração na música francesa. Esse álbum ficou conhecido como ''o álbum da erva'', se referindo à maconha.
Mas os Beatles não foram os únicos a colocar em prática o psicodelismo. O livro The Psichedelic Experience (A Experiência Psicodélica), de Timothy Leary, Ralph Metzner e Richard Alpert, foi lançado em 1964, e a temática falava sobre a experiência com as drogas alucinógenas, que se popularizaram bastante nesse período. Mas apesar da presença desse livro, o que jogou psicodelismo nas mãos da música foram os Beatles, pois, indo para 1965, John Lennon conheceu tal livro e dele tirou inspiração para escrever um marco para o psicodelismo: a música Tomorrow Never Knows, presente no álbum lançado no ano seguinte, o álbum ''Revolver'', de 1966.
É importante ressaltar que Tomorrow Never Knows foi diferente por vários fatores, tais como os loops gravados de outras músicas, áudios gravados ao contrário — igual quando o LP é girado na direção oposta no toca disco —, uma letra enigmática e um verso retirado do próprio livro: ''Desligue sua mente, relaxe e flutue correnteza abaixo'', presente na introdução do livro.
A partir daí, o psicodelismo marcou presença na música e na cultura pop. Bandas como Jefferson Airplane, The Jimi Hendrix Experience, Pink Floyd, Iron Butterfly e entre outras diversas, surgiram com o estilo psicodélico em suas músicas e roupas, sendo ícones da cultura underground.
Músicas como White Rabbit (Jefferson Airplane) e In-A-Gadda-Da-Vida (Iron Butterfly) se tornaram grandes hinos do psicodelismo dos anos 60 — além de Tomorrow Never Knows —, conhecidas por causa da letra que faz referências como Alice no País das Maravilhas, como canta Grace Slick em White Rabbit ou por possuir um dos riffs mais famosos do mundo — e mais longos — , como In-A-Gadda-Da-Vida, apesar de ter virado uma daquelas músicas que todo mundo conhece, mas não sabe o nome da música ou da banda.
No Brasil, o psicodelismo foi diferente ao psicodelismo da Inglaterra ou Estados Unidos, pois não era comum encontrar letras que faziam referências à drogas, mas mantinha as letras enigmáticas, já que o Brasil estava passando por uma ditadura militar. Grandes vozes e compositores como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina e bandas como Os Mutantes, fizeram a história da música brasileira. Músicas como Alegria, Alegria (Caetano Veloso) e Panis et Circenses, composta por Caetano Veloso e Gilberto Gil, interpretada pela a banda Os Mutantes, são dois grandes exemplos de músicas que representaram bem o estilo psicodélico na música brasileira.
Essa experiência psicodélica que o mundo teve durante os anos 60 foi, literalmente, surreal. E ainda mantém seu sucesso mesmo depois de muitos anos, influenciando grandes artistas, o que prova que o surrealismo durante a Fase Heroica do modernismo nos anos 20 e o psicodelismo do anos 60 trabalham juntos, criando novos elementos para o mundo da arte, como a pintura, o cinema, o teatro e, claro, a música.
Mas os Beatles não foram os únicos a colocar em prática o psicodelismo. O livro The Psichedelic Experience (A Experiência Psicodélica), de Timothy Leary, Ralph Metzner e Richard Alpert, foi lançado em 1964, e a temática falava sobre a experiência com as drogas alucinógenas, que se popularizaram bastante nesse período. Mas apesar da presença desse livro, o que jogou psicodelismo nas mãos da música foram os Beatles, pois, indo para 1965, John Lennon conheceu tal livro e dele tirou inspiração para escrever um marco para o psicodelismo: a música Tomorrow Never Knows, presente no álbum lançado no ano seguinte, o álbum ''Revolver'', de 1966.
É importante ressaltar que Tomorrow Never Knows foi diferente por vários fatores, tais como os loops gravados de outras músicas, áudios gravados ao contrário — igual quando o LP é girado na direção oposta no toca disco —, uma letra enigmática e um verso retirado do próprio livro: ''Desligue sua mente, relaxe e flutue correnteza abaixo'', presente na introdução do livro.
A partir daí, o psicodelismo marcou presença na música e na cultura pop. Bandas como Jefferson Airplane, The Jimi Hendrix Experience, Pink Floyd, Iron Butterfly e entre outras diversas, surgiram com o estilo psicodélico em suas músicas e roupas, sendo ícones da cultura underground.
Músicas como White Rabbit (Jefferson Airplane) e In-A-Gadda-Da-Vida (Iron Butterfly) se tornaram grandes hinos do psicodelismo dos anos 60 — além de Tomorrow Never Knows —, conhecidas por causa da letra que faz referências como Alice no País das Maravilhas, como canta Grace Slick em White Rabbit ou por possuir um dos riffs mais famosos do mundo — e mais longos — , como In-A-Gadda-Da-Vida, apesar de ter virado uma daquelas músicas que todo mundo conhece, mas não sabe o nome da música ou da banda.
No Brasil, o psicodelismo foi diferente ao psicodelismo da Inglaterra ou Estados Unidos, pois não era comum encontrar letras que faziam referências à drogas, mas mantinha as letras enigmáticas, já que o Brasil estava passando por uma ditadura militar. Grandes vozes e compositores como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina e bandas como Os Mutantes, fizeram a história da música brasileira. Músicas como Alegria, Alegria (Caetano Veloso) e Panis et Circenses, composta por Caetano Veloso e Gilberto Gil, interpretada pela a banda Os Mutantes, são dois grandes exemplos de músicas que representaram bem o estilo psicodélico na música brasileira.
Essa experiência psicodélica que o mundo teve durante os anos 60 foi, literalmente, surreal. E ainda mantém seu sucesso mesmo depois de muitos anos, influenciando grandes artistas, o que prova que o surrealismo durante a Fase Heroica do modernismo nos anos 20 e o psicodelismo do anos 60 trabalham juntos, criando novos elementos para o mundo da arte, como a pintura, o cinema, o teatro e, claro, a música.
Comentários
Postar um comentário